segunda-feira, 2 de abril de 2012

Li no Elayne Grun Morre lentamente, quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente, quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente, quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajecto, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma cor nova ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente, quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente, quem evita uma paixão, quem pr

Morre lentamente,
quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente,
quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajecto, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma cor nova ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente,
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente,
quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco, e os pontos sobre os iss em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente o que resgata o brilho nos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente,
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva que cai incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não lhe responde quando lhe perguntam algo que não sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.

Pablo Neruda. li aqui http://www.facebook.com/login.php

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