Anotações místico-filosóficas de um buscador sedento pela amplitude da profundidade.
quinta-feira, 29 de março de 2012
domingo, 25 de março de 2012
Trecho de "O Anticristo"
"Para que o amor seja possível, Deus deve tornar-se uma pessoa; para que os instintos mais baixos tenham seu espaço, Deus precisa ser jovem. Para satisfazer o ardor das mulheres, um santo formoso deve aparecer na cena; para satisfazer o dos homens, deve haver uma virgem."
sexta-feira, 23 de março de 2012
Explorador
Sua missão é documentar e observar o mundo ao seu redor como se nunca o tivesse visto. Faça anotações. Colecione coisas que encontrar em suas viagens. Documente seus achados. Perceba os padrões. Copie. Rastreie. Foque em uma coisa de cada vez. Guarde aquilo que você mostra propensão."
Peguei esse texto emprestado... curti bastante a sintonia dele.
terça-feira, 20 de março de 2012
Re: [leituradiaria.com] O Retrato de Dorian Gray (12/163)
"Dorian Gray subiu para o estrado, com o ar de um jovem
> mártir grego, e fez um leve trejeito de desagrado a Lord
> Henry, por quem sentia já grande inclinação. Ele era tão
> diferente de Basil. Os dois faziam um contraste encantador. E
> tinha uma voz tão bonita.
> - É verdade que a sua influência é assim tão má, Lord Henry?
> - perguntou-lhe, alguns momentos depois. - Tão má como diz
> Basil?
> - Uma boa influência é coisa que não existe, Mr. Gray.
> Toda a influência é imoral, imoral sob o ponto de vista
> científico.
> - Porquê?
> - Porque exercer a nossa influência sobre alguém é darmos a
> própria alma. Esse alguém deixa de pensar com os pensamentos
> que Lhe são inerentes, ou de se inflamar com as suas próprias
> paixões. As suas virtudes não lhe são reais. Os seus pecados -
> se é que os pecados existem - são emprestados. Tal pessoa
> passa a ser o eco da música de outrem, o actor de um papel que
> não foi escrito para si. O objectivo da vida é o nosso
> desenvolvimento pessoal. Compreender perfeitamente a nossa
> natureza - é para isso que estamos cá neste mundo. Hoje as
> pessoas temem-se a si próprias. Esqueceram o mais nobre de
> todos os deveres: o dever que cada um tem para consigo mesmo.
> É certo que não deixam de ser caritativos. Dão de comer aos
> que têm fome e vestem os pobres. Mas as suas almas andam
> famintas e nuas. A coragem desapareceu da nossa raça. Ou
> talvez nunca a tivéssemos tido. O temor da sociedade, que é a
> base da moral, o temor de Deus, que é o segredo da religião -
> eis as duas coisas que nos governam. E, contudo...
> - Volte a cabeça um pouco mais para a direita, Dorian, seja
> um rapaz bem comportado - disse o pintor, absorvido pelo seu
> trabalho e apercebendo-se apenas de que surgira no rosto do
> jovem uma expressão que nunca lhe vira antes.
> - E, contudo - continuou Lord Henry na sua voz Grave e
> musical, e fazendo um gracioso gesto com a mão, tão
> característico, mesmo já nos tempos de Eton -, se um homem
> devesse viver a sua vida em toda a plenitude, dar forma a
> todos os sentimentos, expressão a todos os pensamentos,
> realidade a todos os sonhos, creio que o mundo ganharia um
> novo impulso de alegria que nos levaria a esquecer todos os
> males do medievalismo e a regressar ao ideal helénico. Talvez
> mesmo a algo mais refinado e mais rico que o ideal helénico.
> Mas o mais ousado de todos nós teme-se a si mesmo. O selvagem
> mutilado que nós somos sobrevive tragicamente na auto-rejeição
> que frustra as nossas vidas.
> Somos punidos pelas nossas rejeições. Todo o impulso que
> esforçadamente asfixiamos fica a fermentar no nosso espírito,
> e envenena-nos. O corpo peca uma vez, e mais não precisa, pois
> a acção é um processo de purificação. E nada fica, a não ser a
> lembrança de um prazer, ou o luxo de um pesar. Ceder a uma
> tentação é a única maneira de nos libertarmos dela. Se lhe
> resistimos, a alma enlanguesce, adoece com as saudades de tudo
> o que a si mesma proíbe, e de desejo por tudo o que as suas
> leis monstruosas converteram em monstruosidad e ilegalidade."
"Monótono-teísmo!" (trecho de "O Anticristo" de Friedrich Wilhelm Nietzsche
"A concepção cristã de Deus – Deus o como protetor dos doentes, o Deus que tece teias de aranha, o Deus na forma de espírito – é uma das concepções mais corruptas que jamais apareceram no mundo: provavelmente representa o nível mais ínfero da declinante evolução do tipo divino. Um Deus que se degenerou em uma contradição da vida. Em vez de ser sua própria glória e eterna afirmação! Nele declara-se guerra à vida, à natureza, à vontade de viver! Deus transforma-se na fórmula para todas calúnias contra o "aqui e agora" e para cada mentira sobre "além"! Nele o nada é divinizado e a vontade do nada se faz sagrada!...
> XIX
> O fato de as raças fortes do Norte da Europa não terem repudiado esse Deus cristão não dá qualquer crédito aos seus dotes religiosos – para não mencionar seus gostos. Deveriam ter sido capazes de sobrepujar tal moribundo e decrépito produto da décadence. Uma maldição paira sobre eles porque não o repeliram; absorveram em seus instintos a enfermidade, a senilidade e a contradição – e a partir de então não criaram mais nenhum Deus. Dois mil anos se passaram – e nem um único Deus novo! Em vez disso, ainda existe como que por algum direito intrínseco – como se fosse um ultimatum(1) e maximum(2) da força criadora de divindades, do creator spiritus(3) da humanidade –, esse deplorável Deus do monótono-teísmo cristão! Essa imagem híbrida da decadência, destilada do nada, da contradição e da imaginação estéril, na qual todos os instintos da décadence, todas as covardias e cansaços da alma encontram sua sanção! –
> 1 – Última palavra.
> 2 – Máximo.
> 3 – Espírito criador."
segunda-feira, 19 de março de 2012
Crazy
Anti-teachings for Young People : Somewhere in this process you will come...: http://anti-teachings.tumblr.com/post/19547514630/somewhere-in-this-process-you-will-come
sábado, 17 de março de 2012
Post emprestado: Hiperrealidade
Sent to you by Kaw, "Shuffle" via Google Reader:
Heart Spirit Mind: "Hyperreality is used in semiotics and postmodern philosophy to...:
"Hyperreality is used in semiotics and postmodern philosophy to describe a hypothetical inability of consciousness to distinguish reality from fantasy, especially in technologically advanced postmodern cultures. Hyperreality is a means to characterize the way consciousness defines what is actually "real" in a world where a multitude of media can radically shape and filter an original event or experience. Some famous theorists of hyperreality include Jean Baudrillard, Albert Borgmann, Daniel Boorstin, and Umberto Eco.
Most aspects of hyperreality can be thought of as "reality by proxy." Some examples are simpler: the McDonald's "M" arches allegedly make the material promise of endless amounts of identical food from the store, when in "reality" the "M" represents nothing, and the food produced is neither identical nor infinite, as a person would expect from a fast food restaurant.[1]
Baudrillard in particular suggests that the world we live in has been replaced by a copy world, where we seek simulated stimuli and nothing more. Baudrillard borrows, from Jorge Luis Borges' "On Exactitude in Science" (who already borrowed from Lewis Carroll), the example of a society whose cartographers create a map so detailed that it covers the very things it was designed to represent. When the empire declines, the map fades into the landscape and there is neither the representation nor the real remaining – just the hyperreal. Baudrillard's idea of hyperreality was heavily influenced by phenomenology, semiotics, and Marshall McLuhan.
Hyperreality is significant as a paradigm to explain current cultural conditions. Consumerism, because of its reliance on sign exchange value (e.g. brand X shows that one is fashionable, car Y indicates one's wealth), could be seen as a contributing factor in the creation of hyperreality or the hyperreal condition. Hyperreality tricks consciousness into detaching from any real emotional engagement, instead opting for artificial simulation, and endless reproductions of fundamentally empty appearance. Essentially, (although Baudrillard himself may balk at the use of this word) fulfillment or happiness is found through simulation and imitation of a transient simulacrum of reality, rather than any interaction with any "real" reality.
Interacting in a hyperreal place like a casino gives the subject the impression that one is walking through a fantasy world where everyone is playing along. The decor isn't authentic, everything is a copy, and the whole thing feels like a dream. What isn't a dream, of course, is that the casino takes your money in exchange for chips, which you are more apt to give them when your consciousness doesn't really understand what's going on. In other words, although you may intellectually understand what happens at a casino, your consciousness thinks that gambling money in the casino is part of the "not real" world. It is in the interest of the decorators to emphasize that everything is fake, to make the entire experience seem fake. The casino succeeds in turning money itself into an object with no inherent value or inherent reality." -Source
"The secret affinity between gambling and the desert: the intensity of gambling reinforced by the presence of the desert surrounding the town. The air-conditioned freshness of the gaming rooms, as opposed to the radiant heat outside. The challenge of all the artificial lights to the violence of the sun rays. Night of gambling sunlit on all sides; the glittering darkness of these rooms in the middle of the desert. Gambling itself is a desert form, inhuman, uncultured, initiatory, a challenge to the natural economy of value, a crazed activity on the fringes of exchange. But it also has a strict limit and stops abruptly; its boundaries are exact, its passion knows no confusion. Neither the desert nor gambling are open areas; their spaces are finite and concentric, increasing in intensity toward the interior, toward a central point, be it the spirit of gambling or the heart of the desert - a privileged, immemorial space, where things lose their shadow, where money loses its value, and where the extreme rarity of traces of what signals to us there leads men to seek the instantaneity of wealth." - Baudrillard on Las Vegas
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quinta-feira, 15 de março de 2012
Minhas
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Cocaine in coca-cola. on 2/14/12
"Me pergunto constantemente como minha vida parece aos olhos das outras pessoas. Será que elas pensam que tudo é mais fácil para mim? Será que elas acham que não tem nada acontecendo comigo? Ou será que são fascinadas por quem eu sou? A verdade é que ninguém nunca saberá minha história por completo. Ninguém jamais saberá as coisas pelas quais tive de passar. Nem mesmo meus amigos mais próximos, nem mesmo minha família. E nos dias de hoje, as pessoas começam a julgar rápido demais. Só é possível enxergar alguém pelo que elas querem e permitem que seja visto. Tento sempre me trancafiar o máximo que posso, e acho que essa é a minha maneira de me esconder da verdade. Parece que dessa maneira todos irão presumir que minha vida está ok. Que nunca preciso passar por nada. Se todos soubessem o quão danificado eu estou, e como estou balançando na corda bamba da vida, e ultimamente ela está tão... insegura. A verdade é que ninguém me conhece de verdade. Ninguém nunca irá conhecer, e as vezes isso me assusta, porque ninguém jamais irá me saber o porquê de eu ser do jeito que sei."
via Cocaine in coca-cola. on 2/14/12
terça-feira, 13 de março de 2012
Universo
Eu tive esse insight hoje quando ia tomar banho, antes de ir trabalhar. (tenho muitos insights assim...)
Imaginei a resposta para a existência do universo.
O segredo do mistério dele é que quanto mais você acumula idéias, teorias e perspectivas sobre o mundo, maior será a aventura da sua existência.
É como se, para curtir o universo, você precisasse cada vez mais se enriquecer... Talvez porque o universo seja exatamente isso: um multiverso. Uma quimera de situações, acontecimentos, minutos que não passam, horas intermináveis, enfim, uma eternidade dentro de nosso tempo finito.
E quanto mais você conhece dele, mais se aproxima, como se estivesse conhecendo um amigo.
sexta-feira, 9 de março de 2012
Voice
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