domingo, 29 de janeiro de 2012

Pontos de Vista


Seguindo o princípio de que a experiência pessoa é algo intransferível, pode-se dizer que o mesmo se dá em relação a visão que cada um tem do mundo (e dos outros).

Desde que o ser humano determinou a possibilidade de fazer escolhas, ele tem lidado com as consequências destas.

Mas repare, quais são os olhos alheios que lhe enxergam e lhe rotulam?

Será que eles sibilam com a sincronia da atualidade, ou estão presos a conceitos coloridos do século passado?

"Me diga os valores que cultuam, e eu lhe direi quem são." parafraseando alguém que nasceu antes de Cristo.

A insatisfação com os alheios merece o apertar de pause do botão cósmico do universo, pra que você olhe para si mesmo e pergunte, com sinceridade:

"O que estava esperando?"

Porque nós estamos aqui, cada um, dentro de sua nave corporal, com seus vários compartimentos, e podemos visitar os mundos estrangeiros a qualquer minuto, mas nos prendemos nos planetas inferiores, que não proverão o alimento necessário ao nosso crescimento e evolução.

E essa filosofia dos antigos, a filosofia ruim e parca, anda por aí, com sua navalha enferrujada, cortando todos que se submetem a ela.

São os olhos limitados, essas ferramentas tão bonitas e úteis, servindo a mestres cegos.

A visão alheia deve ser encarada como algo divertido: sempre será uma visão incompleta, parcial e tendenciosa, da qual poderemos até tirar insights, mas que nunca serão um retrato fiel da nossa realidade.

Serão mais rótulos aos quais você poderá se vangloriar de ter recebido (positiva ou negativamente).

É como se cada pessoa criasse um apelido (definição rasa) para você, mas ninguém sabe realmente seu nome completo.

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